Em tempos de desapego, em tempos de uma descrença obsessiva no amor, parece até insano alguém pensar em envelhecer com o amor de sua vida, e pior ainda, escrever um livro inteiro sobre isso. Em tempos onde grande parte das pessoas proferem aos borbotões frases como “só eu me basto!”, ou “eu não preciso mudar para agradar ninguém”, alguém trazer à luz da consciência suas confissões e, com elas, conseguir provar o quão abjeto e triste é matar a intimidade a dois em nome do amor-próprio, nos mostra que este caminho do “carpe diem” tende a nos levar para um abismo sombrio e solitário, sem significado algum e repleto de ressentimento.

Ninguém Deveria Envelhecer Sozinho surge como uma afronta à liquidez do mundo moderno, onde tudo que é sólido desmancha no ar, onde nada é feito para durar, nem mesmo o amor.